é necessário
ficar claro que,
para vivenciar
uma realidade
como essa, é preciso
ter coragem
H. J. Koellreutter
foto ou arte
Saulo di Tarso é artista visual e curador. Pesquisador de estética comparada das artes visuais e da música moderna e contemporânea, arte urbana e novas mídias. Pesquisador de arte brasileira e sul-americana, possui diálogo com diversas instituições de arte e cultura no território nacional e América Latina. Ensaista, museógrafo, produtor, pesquisador e arte-educador em diversos projetos institucionais e independentes. Foi coordenador de espaço expositivo e arte-educação da Casa das Rosas, coordenador do setor educativo e difusão do Paço das Artes, educador, coordenador da reserva técnica e curador da mostra "Território Ocupado" na primeira fase do Museu Afro Brasil, curador da Casa do Olhar Luis Sacilotto, e curador independente em diversas instituições, entre elas Galeria da Unicamp, Galeria Olido e Memorial da América Latina.
tudo é geometria do caos. absolutamente tudo que faço.
saulo di tarso
A série geometria do caos é realizada desde 1995 e se estende aos espaços de criação, que vão da pintura, desenho e gravura aos objetos gráficos, repletos de páginas onde se constrói essa geometria que, a partir de um sistema fundante, ultrapassa o determinismo do gesto exaustivo ou sua ausência, para trazer a instabilidade, o imprevisto, o aleatório, o ruído inserido no sistema em movimento, qualidades do gesto criador capaz de traduzir a plasticidade do caos e de sua geometria.
1991
performer “Aktion” (Direção de Renato Cohen) – Oficina Cultural Oswald Andrade; “Enfrentamentos do nada”: os trilhos, a ponte; “Sleeping in the Wagon”.
1995
Realiza a exposição individual Woman on BoBle, na Galeria do SESC, São Caetano do Sul/SP. Escreve o Manifesto da Geometria do Caos
o
planeta
não cabe
numa
página
o Maestro Hans-Joachim Koellreutter faz a seguintes afirmações:
"É mais difícil perceber e entender uma nova linguagem, mas essa dificuldade é humana". Em busca de palavras que possam melhor descrever o significado daquilo que ele procura defender, Koellreutter, após um longo silêncio, volta- se para um quadro de Saulo Di Tarso, pendurado em uma sala de seu apartamento no centro da cidade, no qual recebeu a reportagem do Estado. "É necessário ficar claro que, para vivenciar uma realidade como essa, é preciso ter coragem."
A obra mencionada pelo maestro é parte da série "Geometria do Caos".
Entrevista de Koellreutter a João Luiz Sampaio. In OESP, 11 de setembro de 2000.
1996
Toma contato com Hans-Joachim Koellreuzer. Realiza performance Concerto Visual, com a participação musical de Sérgio Villafranca e H.J. Koellreuzer, no XXXII Festival Música Nova, Santos/SP. Participa do VI Salão de Arte Contemporânea de São Bernardo do Campo/SP (prêmio aquisição)
à procura
de novas
referências
musicais
o sentido
arcaico
e contemporâneo
da geometria
do caos
Saulo Di Tarso é um dos artistas mais talentosos de sua geração. Influenciado pela estética japonesa, seus desenhos revelam uma bem sucedida capacidade de transcriação da estética do Shodo. Além disso ele é um estreito colaborador de H. J. Koellreutter, introdutor da música atonal na música contemporânea brasileira e reconhecido especialista na estética oriental.
Haroldo de Campos, 1998.
Poeta, ensaísta e tradutor.
In texto de apresentação do artista para a Japan Foundation
Os desenhos de Saulo Di Tarso, observados os seus cadernos sobre a geometria do Caos, me lembram as massas densas que a gravidade modela sobre a superfície da terra, revelando seu enorme talento como desenhista, gravador, autor de litografias como a que leva o título "Vibração". São seus traços que riscam o papel como as ondas atmosféricas de um desenho que transcende a linguagem convencional do desenho.
Mario Gruber, 2004. Pintor, Gravador
o estaleiro magnético vai partir
2007
the crossing points
A execução da série marca o exercício concatenado da técnica para alcançar suavidade e precisão no ponto de encontro dos gestos exercidos nos sentidos horizontal e vertical.
2012
o artista insere a pintura na rua, ampliando questões do Manifesto Geometria do Caos, escrito em 1995. Transpõe para a fotografia sua maneira de ver o mundo, onde as cores e formas industriais ganham características de pintura. A pintura clássica é inserida naquilo que o artista focaliza como pintura residual, ruído que concorre com o grafismo e os vários elementos visuais que compõem o cenário das metrópoles. pintura basura
2012
transcrição do poema "Chuva" (Rain), da autoria do poeta Nikuni Seiichi.
2013
Realiza a exposição individual Das coisas díspares, na Casa da Linguagem, Belém/PA. Participa da mostra coletiva Art workers (Instalação), na Galeria Marta Traba, Memorial da América Latina, São Paulo/SP. Participa da exposição coletiva Ensaios sobre a fronteira. 25 anos do Memorial da América Latina, no Memorial da América Latina, São Paulo/SP.
2015
e apropriações fotográficas iniciadas em 2011, onde são realizadas interferências conceituais, dando novo sentido reflexivo às imagens, junto do conceito de metaretrato. omnia
2015
exposição pinacoteca | são bernardo do campo,
Da série Geometria do caos à série Omnia, Saulo Di Tarso expõe obras produzidas entre 1994 e 2015. Geometria do caos gerou para o artista importantes interlocuções, entre elas, com Luis Sacilotto, o poeta Haroldo de Campos, além do maestro Hans-Joachim Koellreutter com quem foram realizados projetos interativos das artes visuais e da música durante quase uma década. As séries The Crossing points, Pintura Basura (produzida em Madri, 2012) mostram a pintura fundida à cultura das ruas e Omnia reflete sobre a atividade instit ucional e política nas quais o artista se engajou desde o início da sua formação no ABC durante a década de 80, recebendo influências do movimento ambientalista e do cenário das greves na região. Nine squares for the humanity love retrata a ruptura do artista com o seu período politicamente engajado e marca a retomada dos meios puramente ligados à arte, à filosofia do amor e à consciência. Desenhos para dançar é parte desta nova fase e foi executado ao vivo, com a participação da bailarina Lia Cassettari na abertura da exposição.
cronologia
exposições individuais
2015 exposição pinacoteca | são bernardo do campo
2013 Das coisas díspares | Casa da Linguagem, Belém do Pará;
2009 A NÁUSEA POLITIK, Galeria Quadro a quadro, São Paulo;
2007 A DANÇA DOS FRAGMENTOS, Galeria Cinesol, São Paulo;
2006/7 O GUARDIÃO DA PINTURA, Festival “Olinda, arte em toda a parte”;
2001 GEOMETRIA DO CAOS, Galeria da UNESP;
1995 WOMAN ON BOTTLE, desenhos. Galeria do SESC, São Caetano do Sul;
1994 SHOR, desenho e pintura. Casa do Olhar, Santo André.
principais exposições coletivas
2012 Primeiro de Maio | Galeria Marta Traba
2007 VII Salão Internacional de gravura da Romênia;
2004 “Projeto Lambe-lambe”- intervenção urbana realizada pelos ateliês Coringa e Piratininga;
2002 “ÓPERA ABERTA” - "MÉXICO IMAGINÁRIO - CASA DAS ROSAS, São Paulo;
2000 “GRAVADORES”- SESC Pompéia, São Paulo; “MEMÓRIAS DA PEDRA”- Litografias / Espaço Henfil de Cultura.
1999 “LITOGRAFIA: FIDELIDADE E MEMÓRIA”- mostra do acervo de Roberto Gyarfi / UNICID, São Paulo; 1ª MOSTRA DO NÚCLEO DE GRAVURA DA CASA DO OLHAR, gravuras em metal, Santo André; CAMINHOS DA COLAGEM - Centro Universitário Maria Antônia -USP;
1996 VI SALÃO DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SÃO BERNARDO - livro de desenhos - “Geometria do Caos”;
1994 XXII SALÃO DE ARTE CONTEMPORÂNEA DE SANTO ANDRÉ - pinturas; PORTO ENTREPOSTO CULTURAL - Mostra Inaugural - pinturas, Santo André.
1993 ESPAÇOS E TEMPOS - desenho e pintura. Edifício Marttinelli, São Paulo;
performances
2012 Pintura basura, Madrid;
2009/14 Ars Politik;
2007 “Nonada”- as pedras cravadas na entrada do Sertão; “Sem Cabeça”- feira de Brejo da Madre de Deus, PE;
2006 “tributo para Gianfrancesco”- Festival de Artes de itu, SP;
2004 “O Peso gerando a forma” – Galeria da UNESP, São Paulo;
2003 “Desenho para tocar” (participação musical de Mauro Muszkat e Sérgio Villafranca – Espaço Coringa, SP; “O Mar é uma condição” - vídeo-performance – Canal de Bertioga / Santos.
2001 “music for the Stone sing the flute for the stars” – flauta e voz declamada, Gonçalves, MG; “Geometria do Caos” vídeo-performance / “A Cor Contemporânea” - Instituto de Artes da UNESP;
1996 “Concerto Visual; XXXII Festiva Música Nova - Teatro Municipal de Santos; 1992 “looking the cows”- para Arthur matuck- Ouro Fino, SP
1991 “Aktion” (Direção de Renato Cohen) – Oficina Cultural Oswald Andrade; “Enfrentamentos do nada”: os trilhos, a ponte; “Sleeping in the Wagon”.